Foi assim que destacaram atores da sociedade civil e acadêmica durante a COP 29, que reúne partes interessadas em Baku, Azerbaijão, em uma conversa organizada pela Solutions from the Land, no pavilhão do IICA.
Baku, Azerbaijão, 14 de novembro de 2024 (IICA) – Os biocombustíveis renováveis podem fazer uma contribuição significativa não só para a mitigação da mudança climática, mas também para a saúde pública, explicaram atores da sociedade civil e do setor acadêmico durante a COP 29, que se reúne em Baku, no Azerbaijão.
A Casa da Agricultura Sustentável das Américas, o pavilhão que o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) instalou pelo terceiro ano consecutivo no maior fórum global de discussão sobre o meio-ambiente, foi o cenário onde ocorreu uma conversa organizada pela Solutions from the Land que cativou a atenção no cenário da COP 29.
O moderador da conversa foi Ernie Shea, Presidente da Solutions from the Land, cuja equipe está formada por líderes do setor e acadêmicos especialistas em agricultura, florestação e conservação. Sua missão é favorecer a implementação de soluções baseadas na natureza para a segurança alimentar, o desenvolvimento econômico, a mitigação da mudança climática e a conservação da biodiversidade.
Shea enfatizou que, além da redução de gases de efeito estufa, um dos focos recentes dos benefícios dos biocombustíveis renováveis é a saúde pública. “Os combustíveis renováveis fazem uma contribuição decisiva também na redução da contaminação e as oportunidades de produção agropecuária são múltiplas”, disse Shea.
Manuel Otero, Diretor Geral do IICA, abriu o debate, sublinhando a importância de instalar o tema dos biocombustíveis na Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática e se referiu ao significado econômico e social dos diferentes países da América Latina. “A agricultura hoje é essencial para a segurança energética global”, adicionou.
A favor do acordo de Paris
Linda Schmid, da Associação de Produtores de Grãos dos Estados Unidos (U.S. Grains Council), declarou que o etanol deve ser considerado pelos países como parte dos seus compromissos de redução de emissões de gases de efeito estufa, na estrutura do Acordo de Paris.
“Nos Estados Unidos diminuímos em 140 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente nos últimos anos graças a um corte com etanol de 10% nos combustíveis derivados de petróleo. Isso é muito importante porque há muitas mudanças para contribuir com a mitigação da mudança climática e os formadores de políticas públicas devem prestar atenção nos biocombustíveis renováveis”, assegurou.
O produtor de laticínios dos Estados Unidos Michael Crinion, Presidente da organização US Farmers and Ranchers in Action (USFRA), sinalizou que ele e outros produtores têm sido especialmente ativos na redução da pegada de carbono da sua atividade.
“Na nossa fazenda leiteira reduzimos nossas emissões e nosso consumo de recursos 19% com respeito à média utilizando diferentes práticas”, revelou.
Gail Dennison, cientista do Instituto Hormel, que funciona na Universidade de Minnesota, deu detalhes sobre as pesquisas que essa instituição acadêmica vem realizando com diferentes sócios nos Estados Unidos nos últimos dois anos. Dennison revelou que os combustíveis fósseis têm um impacto no progresso e nos tratamentos de câncer, de acordo com dados que serão publicados em breve.
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