A mudança climática é uma realidade que já está entre nós. Estiagens, inundações e outros eventos extremos estão ocorrendo com frequência e intensidade cada vez maiores. 

A agricultura é uma parte muito importante da solução para este desafio global, tanto do ponto de vista da adaptação quanto da mitigação (redução das emissões de gases de efeito estufa ou aumento de sua absorção). 

A importância do setor agrícola para a segurança alimentar e nutricional e seu papel preponderante no desenvolvimento sustentável dos países levaram diferentes atores a manifestar maior interesse em aprofundar o tema da agricultura nas negociações sobre mudança climática.

Nesse contexto, o IICA chega à COP 29 com a convicção de que o setor não pode ficar ausente do principal espaço de decisão sobre o caminho a seguir para enfrentar a crise, em um momento em que a questão alimentar está no topo da agenda global.

"Vamos ao Azerbaijão com uma voz de esperança e incentivo, porque esta é a hora da agricultura nas Américas.Acreditamos na força de nossos agricultores, de nossos empresários, de nossos empreendedores e dos Ministros da Agricultura do continente, que estarão reunidos na COP 29”, disse Manuel Otero, Diretor-Geral do IICA. 

A Conferência das Partes (COP) é o órgão político supremo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), que conta com a participação de 197 Estados membros, características que transformam o encontro no maior fórum global para negociações de políticas climáticas.

A reunião de cúpula é realizada uma vez por ano, em conjunto com conferências globais com a participação de especialistas técnicos, ministros, chefes de estado e representantes de organizações não governamentais. As decisões são tomadas para atingir os objetivos previstos nos tratados de enfrentamento à mudança climática, que só podem ser tomadas por unanimidade das Partes.

A primeira reunião da COP foi realizada em Berlim, Alemanha, em março de 1995. Este ano, a 29ª edição será realizada em Baku, no Azerbaijão, de 11 a 22 de novembro de 2024.

Assim como a presidência da COP é rotativa entre as cinco regiões reconhecidas da Organização das Nações Unidas (ONU), como África, Ásia, América Latina e Caribe (ALC), Europa Central e Oriental, Europa Ocidental e outras, o local da COP é rotativo entre esses grupos regionais.

A última presidência exercida pela ALC foi a COP25, exercida pelo Chile, embora a reunião tenha sido realizada na Espanha. Peru, México, Canadá e Argentina são os outros países da região que a sediaram.

A COP deste ano ocorre em um cenário de temperaturas globais recordes, eventos climáticos extremos que afetam pessoas em todo o mundo, conflitos geopolíticos, preocupações com a segurança energética e instabilidade global. 

Uma questão fundamental para 2024 será o financiamento, pois são necessários trilhões de dólares para que os países alcancem reduções significativas nas emissões de gases de efeito estufa e protejam vidas e meios de subsistência dos efeitos das mudanças climáticas.